O querosene de petróleo, ou querosene fóssil é um combustível altamente poluente e prejudicial ao meio ambiente. Quando ocorre sua queima, emite gases nocivos à atmosfera terrestre, com impacta negativo na camada de ozônio (filtro dos raios ultravioleta irradiados pelo sol). Já o querosene vegetal ou bioquerosene é produzido com cana-de-açúcar e, portanto, é considerado uma alternativa renovável e limpa de combustível, com baixo impacto ambiental.
Bioquerosene
O investimento na produção de bioquerosene surgiu da necessidade de redução dos gases do efeito estufa. No Brasil, a principal matéria-prima para fabricação de querosene vegetal é a cana-de-açúcar. Entretanto, para garantir viabilidade de uso, o bioquerosene deve ser misturado ao querosene de aviação (QAV). Sua utilização nos aviões comerciais promove redução de até 80% das emissões de CO2.
Como requer alto investimento, torna-se complicado produzir combustível vegetal em ampla escala. O processo de fabricação de bioquerosene é semelhante ao do biodiesel. Em ambos, ocorre transesterificação, quando a planta é prensada para a remoção do caldo (cana) ou óleo (mamona). Com o auxílio de um catalisador, induz-se a reação química de onde resulta o combustível vegetal.
Produzir bioquerosene é mais complexo, pois é preciso cumprir criteriosamente as exigências de fabricação dos combustíveis de aviação. Vale destacar que o querosene vegetal tem de ser altamente puro, sem impurezas nem substâncias, que possam impactar negativamente na qualidade do sistema de combustão a jato. Além disso, ele deve apresentar elevado poder calorífico, além de densidade e viscosidade específicas.
Querosene fóssil
Quanto ao querosene fóssil, trata-se de um hidrocarboneto líquido, originado da destilação do petróleo. Produzido da terceira fração do petróleo, ele é um combustível intermediário do óleo diesel e da gasolina. Constituído de hidrocarbonetos alifáticos e naftênicos, o querosene de petróleo apresenta cerca de 16 átomos de carbono, com alto grau de ebulição (entre 150°C e 275°C) e solvência.
Todas essas características permitem diversas funcionalidades para o querosene convencional, desde a iluminação até a utilização como combustível. São duas as categorias de querosene de petróleo: QI (Querosene Iluminante) ou QAV (Querosene de Aviação). O primeiro é inodoro, com viscosidade própria e ponto de fulgor em torno de 40°C. Já o segundo apresenta elevada eficiência de combustão, baixo ponto de congelamento e baixa pressão de vapor.
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Fontes: infoescola.com; revistapesquisa.fapesp.br
Por Andréa Oliveira.