Saiba mais sobre biocombustível de aviação

Foram estabelecidos padrões, que asseguram a qualidade do biocombustível de aviação antes e depois da mistura com QAV

Na esfera global, a queima de combustível fóssil por aviões corresponde a 2% das emissões de gases de efeito estufa. Como o setor de aviação cresce cerca de 10% ao ano, a porcentagem de CO2 emitido por aeronaves é significativamente alta. Desde 2010, a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) estabeleceu metas para a redução dessas emissões a serem cumpridas pelas empresas aéreas até 2050.

Redução em 50% do nível das emissões de CO2

De 2020 a 2050, as companhias aéreas têm o engenhoso desafio de reduzir em 50% o nível das emissões de CO2. Para alcançar essa meta, uma alternativa sustentável é usar biocombustíveis na aviação. Com isso, torna-se possível uma redução de até 80% das emissões. Testes com biocombustível de aviação têm sido realizados em voos comerciais da Airbus, comenta Frédéric Eychenne, gerente do programa de novas energias da Airbus.

Biocombustível misturado ao querosene de aviação

O biocombustível aéreo deve ser utilizado junto ao querosene de aviação de acordo com os percentuais determinados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Vale lembrar que o setor de aviação contribui com a poluição atmosférica tanto quanto os demais setores de transporte. Se algo não for feito, o aquecimento global será muito mais do que um preocupante problema.

Critérios para mistura de biocombustível de aviação com QAV

Para viabilizar o uso do biocombustível de aviação, órgãos governamentais e não governamentais devem investir em pesquisas voltadas ao uso do combustível alternativo. Além disso, devem ser desenvolvidas políticas públicas, que regulamentem o seu uso para que os altos níveis de CO2 na atmosfera terrestre sejam reduzidos. A American Society for Testing and Materials, por exemplo, estabeleceu critérios para mistura de biocombustível com QAV (Querosene de Aviação).

Mistura de biocombustível de aviação com QAV em até 10% ou 50%

Os padrões da ASTM asseguram a qualidade do biocombustível de aviação antes e depois da mistura com o querosene de aviação. Com isso, não são necessárias modificações nos equipamentos das aeronaves, conforme parâmetros de segurança para utilização até mesmo em grande aeronaves comerciais. Até o momento, estão regulamentados três biocombustíveis de aviação com mistura de QAV em até 10% ou 50% (volume).

Até 10%:

SIP (Synthesized Iso Paraffinic) ou querosene isoparafina: originado da fermentação de açúcares por microrganismos modificados geneticamente.

Até 50%:

SPK (Synthesized Paraffinic Kerosine) ou querosene parafínico sintético: originado do SPK hidroprocessado por Fischer-Tropsch; e o originado do SPK de ésteres e ácidos graxos hidroprocessados (HEFA - Hydroprocessed Esters And Fatty Acids).

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Leia o artigo "Aviação busca sustentabilidade com o uso de biocombustível."

Fontes: anp.gov.br; biodieselbr.com

Por Andréa Oliveira.