Pertencente à família Arecaceae, o babaçueiro (Orbignya phalerata) é uma palmeira típica da América Latina, comum no Brasil, especialmente no Maranhão, Piauí, Mato Grosso e Tocantins. São vários os usos do babaçu, do qual se aproveitam principalmente os cocos. Distribuídos em cachos, os cocos de babaçu começam a ser produzidos quando a palmeira alcança mais de oito anos de vida.
Usos do epicarpo e mesocarpo
Com florescimento de janeiro a abril, o babaçu começa a se preparar para a produção de frutos (cocos). Destes, praticamente tudo se aproveita. O epicarpo (camada mais externa do coco) é usado para a fabricação de adubo orgânico, xaxim, vasos, embalagens, estofados, entre outros. Já o mesocarpo (camada abaixo do epicarpo) é usado para a fabricação de farinha de babaçu, com propriedades anti-inflamatória, analgésica, antipirética e imunomoduladora.
Usos do endocarpo e das amêndoas
O endocarpo (camada abaixo do mesocarpo) é usado para a produção de artesanatos porque ele é a parte mais resistente do coco de babaçu. Além disso, ele substitui a lenha de forma satisfatória. Quanto às amêndoas do babaçu, elas são usadas para várias finalidades, desde a alimentação até a fabricação de cosméticos.
O óleo de babaçu
O óleo de babaçu é a principal matéria-prima extraída das amêndoas. Além de ser comestível, ele é usado para a fabricação de cosméticos e sabão. Outro importante uso do óleo de babaçu é a produção de biodiesel. Na extração do óleo, as amêndoas são trituradas e cozidas. Em seguida, o material passa por prensagem para a separação do óleo. Por fim, o óleo passa por decantação e filtragem.
O extrativismo
O babaçu é uma planta versátil, responsável pela origem de vários produtos e subprodutos. Tudo tem início com a coleta dos frutos caídos no chão, pois não é recomendado coletar os cachos inteiros, pois nem todos os frutos estão maduros.
Já a quebra dos cocos de babaçu é realizada, manualmente, seguindo o método tradicional de extrativismo. Normalmente, o procedimento é feito por mulheres da região (conhecidas como “quebradeiras”), que quebram os cocos no chão abaixo das palmeiras.
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Fonte: brasilescola.uol.com.br
Por Andréa Oliveira