4 doenças fúngicas que acometem o girassol

Cancro da haste, mancha de alternária, podridão de capítulo e podridão de esclerotínia são algumas doenças fúngicas que podem acometer o girassol

4 doenças fúngicas que acometem o girassol

Segundo Maria Regina Gonçalves Ungaro, professora do Curso CPT Cultivo e Processamento de Girassol, o girassol é uma planta anual, geralmente de haste única e com uma inflorescência no seu ápice. Essa inflorescência é um capítulo formado por inúmeras flores, arranjadas em arcos radiais. Sucessivos círculos, de um a quatro discos florais, abrem-se diariamente durante 5 a 10 dias, conforme o tamanho do capítulo e a temperatura ambiente.

Principalmente no cultivo comercial do girassol, o produtor deve atentar para as doenças fúngicas que podem acometer a planta. As mais comuns são as seguintes:

1. Cancro da haste


O cancro da haste é causado por Phomopsis helianthi, que encontra condições propícias para desenvolvimento em temperaturas abaixo de 27°C e na fase inicial de umidade. Na formação do botão floral e no florescimento, o girassol está mais vulnerável ao ataque do fungo. Como resultado, surgem lesões (cancros) castanhas a marrom-acinzentadas nas hastes, nas folhas e nos pecíolos.

Já as folhas de girassol contaminadas pelo fungo enrolam e se tornam marrons até caírem de forma prematura. Com o avanço da doença, as hastes do girassol se tornam ocas e quebradiças.

2. Mancha de alternária


A mancha de alternária é causada por Alternaria helianthi, que encontra condições favoráveis para desenvolvimento em temperaturas entre 24°C e 27°C e alta ocorrência de chuvas. Com o ataque do fungo, nas folhas, surgem lesões necróticas circulares, com cor marrom-escura e halo amarelo. Já nas hastes e nos pecíolos, surgem lesões circulares, elipsoides ou estriadas, com cor preta. O capítulo e as partes florais do girassol também ganham lesões.

3. Podridão de capítulo


A podridão de capítulo é causada por Botrytis cinerea, que se manifesta como uma lesão marrom, no verso, no centro e nas bordas do capítulo, bem como nas brácteas. Umidade elevada, especialmente próxima à colheita, faz com que o fungo se dissemine pela lavoura de girassol, com multiplicação das suas estruturas, atacando o verso do capítulo até que as lesões se tornem acinzentadas.

Capítulos com verso muito côncavos, que retêm facilmente a água de chuva, favorecem o desenvolvimento do fungo. Por esse motivo, os produtores devem evitar o plantio de cultivares de girassol com essa característica específica.

4. Podridão de esclerotínia


A podridão de esclerotínia é causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, que concentra o ataque na raiz do girassol, com murchamento generalizado, além de podridão da haste e do capítulo da planta. Como se trata de um fungo cosmopolita, isto é, encontrado nos mais diversos locais, ele pode permanecer viável no solo por vários anos, o que dificulta o controle do patógeno.

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Fonte: cpt.com.br

Por Andréa Oliveira

Andréa Oliveira 02-02-2022 Matérias-Primas

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