Relação do biodiesel com o setor automobilístico

É possível adaptar o motor do automóvel convencional para o biodiesel?

O óleo de cozinha é um dos maiores agentes de poluição dos recursos hídricos. As pesquisas indicam que, para cada um litro de óleo descartado incorretamente, 1 milhão de litros de água é contaminado. Em várias cidades brasileiras já se desenvolvem projetos de preservação do meio ambiente, por meio do recolhimento do resíduo, que é levado à produção do biocombustível. Além da conscientização, esse incentivo promove empregos e outros programas de educação ambiental.

Mas fica a pergunta: é possível adaptar o motor do automóvel convencional para o biodiesel? A resposta afirmativa é do professor do Sebrae, Ricardo Lemos, que explica como isso pode ser uma realidade. "É preciso fazer uma alteração nos tempos de ingestão da bomba, para que esse combustível possa inflamar com uma boa eficiência e rendimento no funcionamento da máquina". Além disso, ele declara que a principal diferença entre o combustível tradicional e o "bio" é a redução dos índices de poluentes emitidos na atmosfera pelo cano de descarga, devido à menor quantidade de enxofre no biodiesel.

Em alguns postos de gasolina, o diesel já contém 2% de biodiesel. Isso não tem causado nenhum tipo de mudança, como preço ou redução da clientela. Até o final deste ano, esse percentual deve chegar a 13%, sendo obrigatória a adesão dos estabelecimentos de venda do combustível. Sendo assim, o Brasil precisa aumentar sua produção para suprir a demanda do "diesel verde".

Veja mais detalhes na reportagem especial do MG Rural.