“O pinhão-manso (Jatrophas Curcas) se destaca como uma planta com grande potencial para produção de biodiesel, graças ao alto teor de óleo em suas sementes (cerca de 37%), à rusticidade da planta, à resistência à seca e ao ataque de pragas/doenças e à vantagem de ser uma planta perene, que produz por mais de 40 anos”, ressalta Nagashi Tominaga, especialista no cultivo de pinhão-manso e professor do Curso CPT a Distância e Online Cultivo de Pinhão-Manso para Produção de Biodiesel.
Produz mais de duas toneladas de óleo por hectare
Classificado como arbusto, o pinhão-manso pode chegar rapidamente a quatro metros de altura. Quando bem manejado, após 120 dias do plantio, ele pode passar pela primeira colheita. Nas produções seguintes, essa planta arbustiva pode começar a ser colhida, de seis em seis meses, ao longo de quatro décadas (ou mais). Anualmente, a Jatrophas Curcas pode produzir mais de duas toneladas de óleo por hectare.
Consegue se adaptar a climas e solos variados
Quando comparada a outras culturas oleaginosas, o pinhão-manso se destaca por se adaptar aos mais diferentes tipos de solo, até mesmo os com baixa fertilidade, e aos mais variados climas, com grande resistência à seca. Sendo assim, é uma cultura que apresenta viabilidade de produção no Nordeste e Centro-Oeste do país, como alternativa sustentável para substituir o diesel fóssil.
Apresenta grande resistência a doenças e pragas
Além da rusticidade e adaptabilidade do pinhão-manso, ele apresenta grande resistência a doenças e pragas. Por isso, não requer o uso de defensivos agrícolas. Os insetos, por exemplo, não conseguem infestá-lo, pois o arbusto libera látex cáustico. De fato, a cultura de pinhão-manso apresenta inúmeras vantagens para produção de biodiesel. Inclusive o investimento é de baixo custo com bom retorno econômico ao produtor.
Garante renda a inúmeras famílias rurais
Como se adapta muito bem geograficamente, pode se desenvolver, nos mais variados relevos, em terrenos com diferentes inclinações. Trata-se de uma cultura apropriada para a agricultura familiar, como fonte de renda para inúmeras famílias rurais em pequenas propriedades. O pinhão-manso contribui com o desenvolvimento de regiões menos favorecidas e gerar empregos desde o plantio da cultura até o fabrico de biodiesel.
A casca da semente vira carvão vegetal para produzir energia
Suas sementes de pinhão-manso não são comestíveis por nenhuma espécie animal nem por humanos. Embora seja tóxico, o óleo de pinhão-manso não contêm enxofre, o que permite a produção de biodiesel de boa qualidade. O bagaço resultante da extração do óleo das sementes serve como adubo orgânico. Já a casca segue para a fabricação de papel ou produção de energia como carvão vegetal.
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Fonte: grupocultivar.com.br
Por Andréa Oliveira.