Pesquisadores usam lama para produzir energia

Bactéria presente no lodo é capaz de produzir energia com custo menor que das hidrelétricas

bactéria presente na lama produz energia

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul se incomodaram com o desperdício de lodo jogado fora nos portos do estado e conseguiram uma utilização ecológica para tal material. O grande movimento de navios exige que as embarcações cavem buracos para aumentar a profundidade do canal. No total são retirados 1,5 milhão de metros cúbicos da substância.

De acordo com os pesquisadores, a lama contém altas concentrações de uma bactéria conhecida como micróbio elétrico. Essa se alimenta de algas, restos de peixes e vegetais presentes na lama.

Diante desse conhecimento, os acadêmicos montaram uma pequena usina no laboratório com placas de grafite, que conseguem captar a energia liberada pelas bactérias. Essa é interceptada e segue por fios até uma bateria. A energia liberada é suficiente para carregar um celular. A proposta agora é construir uma usina em tamanho industrial, com capacidade de abastecer uma cidade com 500 mil habitantes. A maior vantagem é a economia. O custo de uma usina desse tipo é menor que o das hidrelétricas.

Para se ter uma ideia, em 1988, o consumo médio de energia por habitante, nos países em desenvolvimento, era em torno de 5.900 kWh por ano, o que correspondia à meia tonelada em equivalente de petróleo. Já para o ano de 2050, a previsão é que esse consumo praticamente triplique, atingindo 17.600 kWh, o que corresponderá a uma tonelada e meia em equivalente de petróleo.

Para o Dr. Evandro Sérgio Camêlo Cavalcanti, no curso Energia Solar para o Aquecimento de Água, desenvolvido pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, "esses dados nos mostram que existe uma crescente demanda global por energia. Isso nos permite concluir que é importante que a humanidade se preocupe seriamente com o impacto das atuais políticas energéticas sobre a sociedade e o meio ambiente".

Texto de: Ariádine Morgan

Administrador 09-06-2010 Matérias-Primas

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