Embrapa desenvolve mamona sem ricina

Embrapa desenvolve mamona sem ricina. Por meio do silenciamento gênico, os pesquisadores da Embrapa conseguiram gerar mamoneiras sem ricina em suas sementes.

Embrapa desenvolve mamona sem ricina
Por meio do silenciamento gênico, foram geradas mamoneiras sem ricina em suas sementes

"A mamoneira é uma planta da qual tudo se aproveita. Mas o que mais se aproveita é a semente, que produz um óleo de excelente qualidade, substituto do diesel e de seus derivados (o diesel verde). Além disso, seu subproduto (torta de mamona) constitui um ótimo adubo orgânico", afirma Reinaldo Nunes de Oliveira, professor do Curso a Distância CPT Cultivo e Processamento de Mamona e Online.

Segundo a FAO - Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, os maiores produtores mundiais de mamona são Índia (74%), China (13%), Brasil (6,1%) e Moçambique (2,5%). A mamona contém ácido ricinoleico, que apresenta grande viscosidade e estabilidade, excelente para as indústrias automobilística e aeroespacial. O óleo de mamona (óleo de rícino) é utilizado nas indústrias química, farmacêutica, cosmética e de biocombustível.

No Brasil, a safra 2017/2018 teve um aumento de 23,7% em relação à safra 2016/2017. A Bahia é a principal produtora de mamona - com mais de metade da produção nacional. Percebendo nosso grande potencial de produção, a Embrapa resolveu criar a mamona sem ricina. Trata-se de um grande passo para a pecuária nacional, pois, como é altamente tóxica, essa substância impede o uso da torta de mamona na alimentação animal.

Por meio do silenciamento gênico, os pesquisadores da Embrapa conseguiram gerar mamoneiras sem ricina em suas sementes. Nos experimentos, ratos receberam proteínas dessas sementes, de 15 a 230 vezes os valores da dose letal mediana, mas sobreviveram. De acordo com Francisco Aragão, pesquisador da Embrapa, esse resultado causará impactos econômicos positivos na cadeia produtiva da mamona e produção animal.

Entretanto, será necessário o cumprimento de várias etapas até que a mamona sem ricina chegue ao mercado. Durante o longo processo (quatro a cinco anos) serão realizados experimentos em campo, para estabelecer os parâmetros necessários para o registro das novas cultivares de mamona no Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Por fim, será necessária aprovação pela CTNBio - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

Conheça os Cursos a Distância CPT da Área Biocombustíveis.

Fonte: canalrural.uol.com.br

Administrador 24-08-2018 Meio Ambiente

Deixe um Comentário

Comentários

Não há comentários para esta matéria.