Pesquisadores avançam no mapeamento do genoma da cana

O objetivo é melhorar a produtividade e a qualidade do produto

Pesquisadores da USP e da Unicamp tentam descobrir como funciona o genoma cana, visando aumentar a quantidade e melhorar a qualidade da matéria-prima que é sinônimo de energia renovável.

Estudos de gramíneas, como sorgo e arroz, mostraram que a produtividade pode ser melhorada se conseguirmos controlar a atividade dos genes, uma função dos trechos do DNA conhecidos como "promotores". Este dado motivou as pesquisas sobre o mapeamento do genoma da cana.

Em 2011, foram desvendados cerca de 10,8 gigapares de bases do DNA da cana. Esse resultado é parte de dois projetos, um coordenado pela bióloga molecular Glaucia Souza e outro pela geneticista Marie-Anne Van Sluys, ambas professoras da USP. A conclusão para os projetos está prevista para 2013. "Dada a complexidade do genoma, 300 regiões já estão organizadas em trechos maiores que 100 mil bases, que contêm de 5 a 14 genes contíguos de cana", afirmam as pesquisadoras.

Luiz Antônio de Bastos Andrade, professor do curso Cultivo de Cana-de-açúcar para Produção de Cachaça, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, afirma que a melhoria e o aumento da produção da cana-de-açúcar é de grande importância, pois ele é matéria-prima para a produção não apenas de biocombustíveis, mas também de açúcar, álcool, aguardente e forragens.

Por: Virgínia Maria de Araújo

Virginia 03-02-2012 Matérias-Primas

Deixe um Comentário

Comentários

Não há comentários para esta matéria.