Etanol: uma ótima alternativa para gerar hidrogênio

Etanol: uma ótima alternativa para gerar hidrogênio. Futuramente, os automóveis serão movidos com o hidrogênio produzido na cadeia de cana-de-açúcar.

Etanol: uma ótima alternativa para gerar hidrogênio Futuramente, os automóveis serão movidos com o hidrogênio produzido na cadeia de cana-de-açúcar

Somos um dos maiores produtores de etanol do mundo. São Paulo é o maior do país abrangendo metade de toda produção nacional. Além de usarem a tecnologia como principal aliada na produção, os paulistanos contam com o incentivo do governo. Eles têm o menor ICMS - Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, para comercialização de etanol hidratado, além de isenção fiscal para o retrofit de caldeiras e turbinas.

Esse potencial torna o etanol uma ótima alternativa para gerar hidrogênio, o combustível do futuro. Ele é utilizado em células de combustíveis e é originado da cadeia produtiva do álcool. Tudo começa no momento em que o etanol é aquecido e bombeado para o interior de um reator. Com o auxílio de um potente catalisador, ocorre uma série de reações químicas, que formam um gás com elevado teor de hidrogênio.

Mas para ser utilizado, o hidrogênio deve passar pelo processo de purificação, que elimina os gases residuais (metano, monóxido de carbono e dióxido de carbono). Segundo Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, usar o hidrogênio purificado é uma forma sustentável de produção, pois se trata de um combustível renovável. Muito ao contrário do gás natural, que é um combustível fóssil, altamente poluente.

Já Plínio Nastari, presidente da Datagro, acredita que, futuramente, no Brasil, os automóveis serão movidos com o hidrogênio produzido na cadeia de cana-de-açúcar. Entretanto, a tecnologia deve permitir maior eficiência, durante as reações químicas, que extraem o gás hidrogênio do etanol. Há um longo caminho pela frente até que o processo ganhe viabilidade técnica e econômica.

O setor sulcroalcooleiro já participa ativamente do desenvolvimento da economia verde no país. São Paulo mostra grande potencial para produção de bioenergia de cana-de-açúcar. Hoje, 80% da bioenergia vem do bagaço e da palha da cana, o que assegura maior autossuficiência energética das usinas na safra. Tudo indica que o estado pode se tornar líder em energia limpa, ressalta o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.

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Fonte: setorenergetico.com.br

Administrador 14-08-2018 Matérias-Primas

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