Babaçu é uma das espécies com grande potencial de sustentabilidade

tReportagem completa da Globo News evidenciando as vantagens da utilização do babaçu para a produção de biodiesel e carvão

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O professor e pesquisador Hamilton Jesus Santos Almeida, engenheiro agrônomo com estudos em fruticulturas tropicais, biodiesel, sistemas agroflorestais e sequenciamento de DNA em plantas nativas, considera o babaçu uma das espécies com maior potencial para produção de biocombustível no Brasil. Entre as motivações, está uma gigantesca floresta que a natureza plantou no país. "É uma floresta que já existe. Então, o que falta é uma política que se possa estabelecer, ao lado do dendê e da mamona, como matéria-prima de primeira escala", diz o professor, que é coordenador da Renabio, uma rede de empresas e instituições interessadas na produção de biodiesel e um programa de estudos na Universidade do Maranhão.

A Nasa - Agência Espacial dos Estados Unidos e a Boeing, outra gigante americana, já demonstraram interesse no querosene ecológico à base de babaçu. Atitude favorável consta, também, nas maiores indústrias de cosméticos dos EUA e Europa, que estão vindo comprar produtos naturais extraídos das florestas de babaçu do Maranhão.

Utilizando o carvão de babaçu, a Amazônia brasileira produz o melhor ferro-gusa do mundo. As usinas de gusa conquistaram um mercado que movimenta por ano US$ 400 milhões. As exportações dessas usinas atingiram 2,2 milhões de toneladas. O ferro-gusa tem como destino as siderúrgicas dos EUA. Montadoras de automóveis americanas utilizam aços especiais aquecidos com o calor do carvão de babaçu, que é agente redutor do minério de ferro.

O babaçu também apresenta um teor de enxofre extremamente baixo, que não contamina o ferro. Outra vantagem é o pouco percentual de materiais voláteis, que também poderia trazer contaminação.

Texto de: Ariádine Morgan

Administrador 13-04-2010 Matérias-Primas

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